Após um período sombrio na história do país, os trabalhadores e trabalhadoras foram, finalmente, reinseridos nos espaços de poder e decisão. Essa certeza se reforçou durante reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que reabriu as portas do Palácio do Planalto para os representantes da classe trabalhadora, na manhã dessa quarta-feira (18).
A atividade, que também contou com a presença dos ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa, reuniu sindicalistas dos mais diversos ramos e serviu para reforçar a confiança entre o governo e o povo que o elegeu.
O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e no Setor de Serviços do DF (Fetracom-DF), Felipe Araújo, participou da reunião e disse da importância do encontro.
“Durante os últimos sete anos, nos governos Temer e Bolsonaro, os trabalhadores e trabalhadoras deixaram de ser ouvidos e sofreram todos os tipos de ataques. Como resultado, perdemos direitos históricos. Agora, é com grande alívio que retomamos nosso lugar de fala junto a um governo que reconhece a importância da classe trabalhadoras para o desenvolvimento do país”, disse o dirigente.
No evento, Lula anunciou a criação de um grupo de trabalho para debater uma política permanente de valorização do salário mínimo e reafirmou que trabalhará duro para cumprir todos os compromissos assumidos durante sua campanha.
“Se não for para a gente melhorar a vida do povo trabalhador, acabar com a fome desse país e permitir que as pessoas sejam cidadãos, nem estaria aqui”, disse.
O documento que cria o GT foi assinado após a reunião. Agora, haverá um prazo de 45 dias para que o governo formule e apresente uma proposta permanente de valorização do salário mínimo, podendo o prazo ser renovado por um mesmo período.
Paralelo a isso, a previsão é que sejam organizados mais dois grupos. Um será responsável por discutir a importância e a valorização da participação do movimento sindical nas negociações coletivas de trabalho. O outro, a regulamentação dos trabalhadores e trabalhadoras do segmento de aplicativos.
Temas como combate à fome, pobreza e às práticas antissindicais, igualdade nas relações de trabalho, correção da tabela do Imposto de Renda, bem como a importância da reconstrução do Ministério do Trabalho, também foram levantados no debate.
Além do vice-presidente da Fetracom-DF, diversos dirigentes do ramo do Comércio e Serviços participaram do encontro. Entre eles, o presidente da Contracs-CUT, Julimar Roberto; a secretária-geral do Sindicom-DF, Geralda Godinho, e o primeiro secretário da Fetracom-DF e secretário de Finanças da CUT-DF, Washington Neves.