Mais de 40 ações estão previstas no plano de lutas para o quadriênio 2015 a 2018 da Federação dos Trabalhadores no Comércio e no Setor de Serviços. Entre elas estão o combate à política liberal que retira ou flexibiliza direitos dos trabalhadores e pressão para que as superintendências regionais do trabalho ampliem suas ações e voltem a exercer papel importante na regulação e cumprimento da legislação trabalhista.
Outro ponto aprovado foi o desenvolvimento de ações para a redução da jornada de trabalho sem redução de salário em todos os setores da sociedade. O plano também prevê o combate ao contrato de trabalho temporário e o banco de horas.
A terceirização também vai ocupar o centro das lutas coordenadas pela federação, que pretende aliar-se a outras entidades sindicais para impedir a aprovação do projeto, que se encontra em tramitação no Senado Federal (PLC 30).
“Não temos nenhuma dúvida de que os próximos anos serão de intensa luta e as entidades sindicais, preparadas ou não, serão convocadas para ser protagonista na defesa dos direitos dos trabalhadores. O nível de ameaça é alto e nossa responsabilidade, enorme”, informou.
Para ele, a prioridade é reestabelecer a correta leitura dos fatos fundamentais para a sociedade brasileira. “É preciso, fundamentalmente, reestabelecer a verdade, que foi a primeira vítima fatal das ações desenvolvidas pela direita conservadora. Muitos trabalhadores acreditam em mentiras por conta do imenso bombardeio realizado pela mídia, que, no Brasil, pertence aos empresários e políticos sem compromissos com o trabalhador”, disse Washington Neves, presidente reeleito da Fetracom-DF.
A Fetracom-DF também quer a reclassificação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) do DF para o nível 3. Atualmente, ela é nível 1, o que significa possuir uma estrutura limitada. A reclassificação ampliaria o poder de atuação da entidade com a inclusão de assessorias importantes no quadro de funcionamento da SRTE, como assessoria jurídica, por exemplo.
“Estamos na capital da República e nossa SRTE está no nível inferior. Quem sofre é o trabalhador porque a fiscalização fica comprometida, já que a estrutura atual não é capaz de absorver a demanda. Temos que mudar essa realidade porque o Distrito Federal é espelho para o Brasil e, nesse caso, a imagem que se transmite não é boa para trabalhador”, avaliou a secretaria de finanças da Fetracom, Geralda Godinho.