Os instrutores e empregados em auto e moto escolas do Distrito Federal decidiram cruzar os braços até que sejam atendidas as melhorias nas condições de trabalho.
A Fetracom-DF, que representa os trabalhadores no comércio e no setor de serviços do DF, tem intensificado o suporte à categoria. “A Federação auxilia não só financeiramente, mas também na hora de pressionar os patrões, levando faixas, cartazes, e mobilizando o máximo de pessoas, o que é muito importante”, disse Julimar de Oliveira, vice-presidente da Fetracom.
A categoria reivindica a regulamentação do salário atual de R$ 669 mais comissão por aula, cerca de R$ 1,5 mil por mês, por um salário fixo de R$ 1,5 mil, além de tíquete-refeição de R$ 12. Os instrutores também pedem a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, já que chegam a trabalhar de 12 a 16 horas por dia.
Um dos problemas enfrentados pelos trabalhadores é a hesitação da categoria patronal, que apresentou propostas e retirou em seguida, durante todas as negociações já realizadas. Além disso, nenhuma delas foi oficializada até o momento.
Nesta terça-feira, 24, mais uma manifestação será realizada para pressionar a categoria patronal. O encontro vai ocorrer no estacionamento do ginásio Nilson Nelson, às 17h.
De acordo com o Sieame-DF, sindicato da categoria, a greve, que já dura mais de dez dias, só chegará ao fim quando forem atendidas as reivindicações dos trabalhadores.