Na luta pelos direitos dos trabalhadores é comum que a disputa entre patrões e empregados alcance o judiciário. Esse foi o caso, por exemplo, dos empregados da Tellus S/A Informatica e Telecomunicações que foram obrigados a trabalhar período extra entre os anos 2008 e 2012. A Fetracom-DF havia identificado a irregularidade e solicitado à empresa que corrigisse o problema e pagasse os direitos dos trabalhadores.
Foram inúmeras as reuniões na tentativa de um acordo, que não se concretizou. “Quando a negociação falha, acionamos a justiça. Nunca é nossa primeira opção porque geralmente é um pouco mais demorado, mas precisamos sempre garantir os direitos dos trabalhadores”, explica Washington Neves, presidente da Fetracom-DF.
No caso da Tellus, a irregularidade teve início quando a empresa passou a considerar que o descanso estabelecido em lei de 20 minutos para os empregados deveriam estar além da jornada de trabalho. Ou seja, na prática o empregado trabalhava seis horas e vinte minutos por dia.
Para a Fetracom-DF, este era um entendimento incorreto. O descanso deveria estar dentro da jornada regular de trabalho, para, dessa forma, refletir a garantia de qualidade de condições de trabalho. A empresa não aceitou e o caso foi para os tribunais em 2012.
Em novembro de 2012, a Justiça deu ganho de causa à Fetracom-DF e condenou a empresa a pagar os vinte minutos de trabalho extra aos empregados que trabalharam naquele período. Mais de 280 empregados foram beneficiados. Alguns deles receberam cerca de R$ 8 mil. “Demorou, mas valeu a pena. O apoio da Fetracom-DF foi essencial para que a empresa pagasse os nossos direitos”, disse Juliana Nascimento, que trabalhava na empresa.