Aos gritos de “fora ditador”, diretores da Federação dos Trabalhadores no Comércio e no Setor de Serviços do DF e do Sindnações, que representa os trabalhadores de organismos internacionais, realizaram nesta sexta-feira (19/02/16) um protesto em frente a embaixada da Liga Árabe contra as decisões arbitrárias e ilegais tomadas pelo embaixador Nacer Alem em relação aos trabalhadores.
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De acordo com o sindicato, o diplomata aumentou a carga horária e diminuiu o salário dos funcionários, mesmo tendo sido avisado de que isso é vedado pela legislação nacional. A denúncia já chegou ao Ministério Público do Trabalho, que avalia o caso.
O embaixador Nacer Alem também é investigado pela Polícia Civil pela prática de assédio moral. De acordo com Raimundo Oliveira, presidente do Sindnações, o embaixador agride verbalmente os trabalhadores e pratica discriminação contra as mulheres. Ainda segundo ele, os servidores seriam obrigados a trabalhar na embaixada e na residência do embaixador e estariam proibidos de se alimentar ou durante o expediente.
Em janeiro a pedido do sindicato, o Itamaraty enviou uma circular às embaixadas no Brasil alertando sobre a necessidade de cumprir as leis trabalhistas em vigor.
Em outubro, a copeira Rafaela Magalhães de 26 anos foi colocada para fora do seu local de trabalho aos gritos pelo diplomata por ter se negado a trabalhar na residência do embaixador. Segundo ela, Nacer Alem a agrediu para que ela saísse da embaixada. Rafaela trabalhava há cinco anos na embaixada.
