Com 50 votos favoráveis e 26 votos contrários, os senadores aprovaram o Projeto de Lei 38/2017, que desmonta toda a rede de proteção trabalhista instituído no Brasil há mais de 60 anos. Todas as emendas propostas pela oposição ao governo ilegítimo de Temer foram rejeitadas. Agora o projeto segue para sanção presidencial.
Quando isso ocorrer, o trabalhador brasileiro verá diversos direitos serem extintos, como férias integrais, descanso semana remunerado, limite de oito horas para jornada de trabalho e outros. “Será um verdadeiro massacre dos mais pobres. Um crime descomunal cometido pela elite financeira do país, tão acostumada ao extrativismo que condenou, e comdena, este país ao subdesenvolvimento, violência e fome”, avaliou Washington Neves, presidente da Fetracom-DF.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra o projeto. A Esplanada dos Ministério ficou repleta de cruzes simbolizando o fim de diversos direitos trabalhistas. Nos cartazes e faixas, milhares de pedidos para que os senadores rejeitassem o projeto, mas apenas 26 deles ficaram ao lado dos trabalhadores.
Durante a votação, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e presidente nacional do PT, criticou a atuação dos senadores. “A maioria aqui é empresário, tem dinheiro. Os senhores deveriam se envergonhar do que estão fazendo”, disse.